Família
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Nadya Abreu Amaral e Aguinaldo Amaral, mãe e pai de Aracy Amaral, em Campos do Jordão, déc. de 1950 | foto: autor desconhecido/reprodução | acervo Aracy Amaral
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Aguinaldo Amaral, pai de Aracy Amaral, déc. de 1950 | foto: autor desconhecido/reprodução | acervo Aracy Amaral
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Da esquerda para a direita: Aracy Amaral, sua mãe, Nadya, Ana Maria e Suzana no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, início da déc. de 1930 | foto: autor desconhecido/reprodução | acervo Aracy Amaral
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Colégio Anglo-Americano, Santos, 1938 | foto: autor desconhecido/reprodução | acervo Aracy Amaral
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Aracy Amaral (à dir.) e seus irmãos, Ana Maria, Antonio Henrique e Suzana | foto: Mariana V. Amaral/reprodução | acervo Aracy Amaral
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As netas Maria Luiza (à esq.) e Gabriela (à dir.), ca. 2000 | foto: Antonio Henrique Amaral/reprodução | acervo Aracy Amaral
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Infância e Arte
A criação artística é uma constante na família de Aracy Amaral. Ao lembrar da casa onde passou a infância, entre Santos e São Vicente (SP), por exemplo, ela fala sobre uma tela pintada por sua mãe, Nadya Abreu, da vista da janela – o litoral ainda preservado. A tela a pesquisadora guarda consigo, mas ressalta que a mãe nunca pintou por profissão. Era amadora, diferentemente das tias de Aracy, uma delas com o mesmo nome da sobrinha e que trabalhou como ilustradora. A outra fez cursos de pintura. De ambas também tem trabalhos.
A tia Aracy que fazia ilustrações morreu precocemente aos 25 anos, de uma síncope cardíaca. Nadya, grávida de sete meses, batizou a filha com o mesmo nome. A tia assinava as ilustrações com o pseudônimo Cynara. Dela a sobrinha guarda um cartaz, que chegou a publicar em livro, e cartões que simulam uma história da ida de uma família ao médico para um checkup. Da outra tia a pesquisadora mantém na cozinha uma natureza-morta que reproduz ovos numa frigideira. Da mãe ela tem ainda outra tela com um par de sapatos.
Ao olhar para o quadro que guarda na cozinha, lembra de uma história e revela mais de sua veia de curadora e historiadora. Na parede da sala há outra natureza-morta com ovos num cesto. Aracy comenta que viu essa tela por meio de um conhecido vendedor que “costuma ter de tudo” e, movida pelo fato de representar ovos e ser pintada por Yoshiya Takaoka (1909-1978), com quem a tia havia estudado, a comprou. Mas antes da aquisição pediu que retirassem a moldura, que não combinava.
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Tela de Nadya Abreu, mãe de Aracy Amaral
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Tela de Nadya Abreu, mãe de Aracy Amaral
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Tela de uma das tias de Aracy Amaral
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Na sala de casa, a curadoria de Aracy na escolha dos quadros e dos objetos é íntima, afetiva, mas o repertório garante a fruição pela história da arte brasileira. Objetos indígenas de arte plumária, desenho de Tarsila do Amaral (1886-1973), trabalho do ex-marido, Mario Toral (1934), do irmão, Antonio Henrique Amaral (1935-2015), e desenhos do filho, André Toral (1958), convivem com obras de Hélio Oiticica (1937-1980), Mira Schendel (1919-1988) e León Ferrari (1920-2013). Até mesmo o pintor renascentista alemão Albrecht Dürer (1471-1528) aparece com a gravura Melancolia I, de 1514, de iconografia e simbolismo complexos que até hoje geram interpretações e divagações sobre o fazer artístico.
Seção de vídeo
Perfil
A personalidade de Aracy Amaral segundo o pesquisador e artista visual André Toral, seu filho; o artista visual e educador Paulo Portella; a curadora e professora Regina Teixeira de Barros; a professora e curadora Ana Maria Belluzzo; e curadora e produtora Rejane Cintrão.