O arquiteto registrou em Maquetes de Papel: “A questão fundamental que navega entre nós arquitetos é imaginar as coisas que ainda não existem”. Dessa frase queremos ressaltar a metáfora utilizada: navegar. Essa palavra remete a um imaginário central na trajetória do arquiteto: os mares, os rios, as estruturas que se adéquam às águas, os navios.
A influência desse ideário marca Mendes da Rocha desde o convívio com seu pai – Paulo Menezes Mendes da Rocha, engenheiro de portos e navegações – e passa, por exemplo, pelo fascínio por Veneza, na Itália – em como o urbanismo dessa cidade lidou com suas necessidades de transformação da natureza.
Na obra do urbanista, as águas vão se manifestar de várias formas. No Sesc 24 de Maio, um prédio administrativo ao lado do principal foi inspirado em navios de apoio que acompanham grandes embarcações. Em um projeto não realizado, o da piscina na Praça da Sé, a água é carregada pelo símbolo do espaço público, compartilhado.
A seguir, você conhece ainda outros projetos nesse sentido.