Na tela grande

Grande Othelo construiu uma trajetória no cinema que perpassa quase toda a história do audiovisual brasileiro. Depois de estrear como protagonista em Moleque Tião (1943), firmou-se nas chanchadas da Atlântida, onde, ao lado de Oscarito, deu vida a alguns dos momentos mais inventivos do humor nacional, como em Este mundo é um pandeiro (1947) e Carnaval no fogo (1949). Era um ator de transição fluida: passava do cômico ao dramático sem perder a precisão do gesto. Essa amplitude aparece com força em Rio, Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos, e ganha contornos em Macunaíma (1969), no qual interpreta o herói adulto com ironia e melancolia. Sua presença no cinema nacional é a de um artista que ajudou a moldar a linguagem do riso e, ao mesmo tempo, ampliou os limites do personagem popular.

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Grande Othelo

Grande Othelo em Moleque Tião, de José Carlos Burle, primeiro filme no qual foi protagonista, 1943 | imagem: Acervo Funarte/Centro de Documentação e Pesquisa

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Todo ator é um sentimental. Do contrário não seria ator

Grande Othelo em entrevista à revista Veja, em 1973

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7x Grande Othelo na IC Play

Em sintonia com a Ocupação Grande Othelo, a Itaú Cultural Play apresenta uma seleção de filmes em homenagem ao ator. A plataforma de streaming traz sete longas-metragens, uma lista que vai desde as chanchadas até adaptações literárias: Também somos irmãos (1949), Carnaval Atlântida (1952), Matar ou correr (1954), Rio, Zona Norte (1957), Macunaíma (1969), Lúcio Flávio, o passageiro da agonia (1977) e Jubiabá (1987). Assista aqui.

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Grande Othelo

Grande Othelo e Oscarito em foto de divulgação do filme A dupla do barulho, com direção de Carlos Manga, 1953 | imagem: Acervo Funarte/Centro de Documentação e Pesquisa