Aos mestres

Legado

O maior legado do casal está nas pessoas que passaram por suas salas de aula.

Algumas delas foram convidadas a escrever uma carta para seu mestre. Para isso, foram instigadas a colocar em palavras lembranças e emoções que pudessem descrever em parte a relação que tinham com seu professor.

Escreveram para Maria Duschenes Maria Mommensohn, Lenira Rengel, Uxa Xavier e Cilô Lacava.

Agnaldo Farias e Paola Prestes escreveram para Herbert.

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Cilô Lacava já trabalhava havia cinco anos com o pensamento Laban e sua arte do movimento no campo da arte-educação quando, em março de 1975, se tornou aluna e membro de dois grupos de improvisação de movimentos de Maria Duschenes, na casa do Sumaré. Participou de várias apresentações de Dança Coral e do Grupo de Improvisação. Viveu por 25 anos a experiência artística na arte de improvisação de movimentos sob a orientação de dona Maria. Criou e coordena, desde 1998, o curso Laban – Arte do Movimento no Brincar e na Arte, no Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo/SP.

Também criou e dirige o Grupo de Improvisação de Movimentos Maria Duschenes, uma homenagem que mantém ao legado de dona Maria, reunindo antigos dançarinos. O grupo completou 5 anos em abril de 2016 e conta com 11 participantes.

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Maria Mommensohn, que já fazia parte do grupo experimental dos atores Mario Piacentini (1944) e Luiz Roberto Galizia (1954-1985), passou a participar, no final da década de 1960, das aulas de dona Maria. Desde então integrou coreografias e grupos de formação e improvisação criados pela professora e coreógrafa. É formada em pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE/USP) e mestre em artes pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Até 1999, foi criadora dos Encontros Laban, que reuniam profissionais da dança e ex-alunos de dona Maria. Ao lado de Sergio Roizenblit dirigiu o documentário Mar e Moto (2003), sobre o casal Duschenes. Atualmente cria com o bailarino e pesquisador Henrique Schuller uma instalação fundamentada na harmonia espacial de Laban, a ser realizada em 2016 no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP).

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Paola Prestes é formada em artes plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), onde, em 1985, foi aluna de Herbert Duschenes. Atualmente é doutoranda pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), onde desenvolve pesquisa sobre os filmes de seu ex-professor. Dirige a produtora independente Serena Filmes e é professora convidada na pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 2015 lançou o documentário Massao Ohno – Poesia Presente.

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Lenira Rengel conheceu dona Maria em 1977, aos 20 anos, e continuou tendo aulas com ela durante os 22 anos seguintes. Nesse período, além de frequentar os vários tipos de aula que Maria conduzia e de dedicar-se ao aprendizado de técnicas de dança moderna e de Laban, Lenira participou profissionalmente da performance Magitex (1978). É formada em direção teatral pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), mestre em artes pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora em comunicação e semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Atualmente é professora da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde é também coordenadora de pós-graduação.

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Na época estudante de arquitetura na Universidade Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP), Agnaldo Farias conheceu o professor em 1976 e, nos três anos seguintes, foi frequentador assíduo da casa dos Duschenes. É professor-doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), crítico de arte e curador. Realizou trabalhos para instituições como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), o Itaú Cultural e a Fundação Bienal de São Paulo.

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Quando criança, em 1969, Uxa Xavier acompanhava sua mãe nas aulas com Maria Duschenes. Depois de alguns anos – mais velha e decidida a transformar a dança em profissão – procurou dona Maria para se aprofundar no tema da dança para crianças. Em 1990, Uxa fez parte da equipe de artistas e educadores do espetáculo Origens I, dança coral realizada com 150 pessoas no Teatro Municipal de São Paulo. É especialista no método Laban pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, dirige o Lagartixa na Janela, grupo que desenvolve pesquisas sobre dança em espaços públicos e sobre a pedagogia em dança contemporânea para crianças. É professora convidada no curso de arte e educação na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.