Para que escrever?
Traduzir a Emoção da Forma Mais Bela
O cotidiano de Hilda era demarcado por tempos específicos para leitura e escrita. Jurandy Valença, jornalista e poeta, conta que ela lia de oito a 12 horas por dia. Quanto à produção, ela disse escrever um mínimo diariamente – em média 600 palavras. A artista visual Olga Bilenky descreve seu processo criativo: “Laborioso. Ela trabalhava como se fosse um operário.” A apresentação do que tinha feito era já a chance de aperfeiçoá-lo. Conforme contam os jornalistas Humberto Werneck e Luiza Mendes Furia, ao ler em voz alta ela percebia e efetivava as modificações necessárias. “A poesia tem sempre aquela dificuldade de você saber como é que acontece”, disse a autora à Mendes Furia, “mas a prosa é mais uma disciplina”.
Esta seção é um vislumbre dessa disciplina, por meio de versões prévias dos livros publicados e de anotações em agendas. A obra de Hilda “sendo” produzida.