“É verdade que sei melhor cantar do que morrer.”
[Kadosh, “Agda”, pg. 110]
“Então quando eu dizia, disse não foi? que a matéria do tempo se esgota, não estava dizendo a verdade. Talvez não meditasse o suficiente. Devo meditar agora. A matéria do tempo sempre esteve aí onde está, não se esgota, não cresce nem decresce, apenas está presente. E eu?”
[Kadosh, “O Oco”, pg. 157]
Zeca Baleiro: Hilda, Autora de Canções
O primeiro livro de Hilda Hilst que li foi Com os Meus Olhos de Cão e Outras Novelas, de 1986, uma novela frenética e desconstruída, quando ainda não era moda encaixar essa palavra em qualquer resenha artística. Fiquei espantado com o fluxo nervoso e ultrapoético de sua escrita, a sobreposição de narrativas sempre densas, a fragmentação de tempo/espaço, tudo que seria celebrado anos mais tarde como moderno e mesmo inaugural na literatura – e no cinema também.
Não bastasse isso tudo, Hilda lançava mão de alguns pequenos truques pessoais, como intercalar a prosa fluente com breves poemas, insights escritos pelo personagem Amós Kéres, um matemático em profunda crise místico-existencial e em duelo eterno com a prisão dos valores sociais. Tudo pretexto para ela poder destilar um repertório infinito de gags filosóficas e irreverentes, seu modo agudo de pensar a existência.
Esse livro não me caiu nas mãos por acaso, foi-me presenteado por Luiz, um amigo boêmio, professor de inglês, que nas noites ludovicenses saía pelos bares frequentados por outsiders como Amós para, sob efeito de muitas vodcas geladas, disparar por entre as mesas a fina flor da poesia de Gullar, Rimbaud, Hilda, Rilke e Milton, entre tantos. Um louco. Ou melhor, uma bicha louca (os politicamente corretos que me perdoem, mas não achei substituto à altura), um performer nato que com o tempo ganhou da turma a alcunha de Luizona, tamanhos seus excessos.
Desde então, tornei-me grande curioso da obra de Hilda, a seguia em seu quase anonimato, caçava seus livros em sebos e livrarias. O tempo passou, mudei-me para São Paulo e, certo dia, no ano da graça de 1997, mais de 20 anos depois de Com os Meus Olhos de Cão e Outras Novelas, o destino achou de me colocar em uma mesa ao lado de Edson Duarte, o Vivo, aspirante a escritor que revelou, para meu assombro, ser um secretário faz-tudo de Hilda em sua mítica chácara Casa do Sol, nos arredores de Campinas. Bastou ele falar isso para que eu, em um ímpeto que só alguém com a pureza de um iniciante pode ter, lhe dissesse: “Você se importaria de levar um CD meu autografado para Hilda? Sou fã dela.” Ele respondeu, gentilmente: “Claro!”
Acabara de lançar meu primeiro álbum, Por Onde Andará Stephen Fry? (1997), não me lembro de tê-lo enviado até então a nenhum “célebre”, mas quando ele falou de sua proximidade com Hilda não resisti. Queria que ela soubesse da minha existência e ponto final. Não tinha ambição alguma além disso, até porque (e hoje sei bem do que falo) uma artista como ela deveria estar soterrada por livros de protoescritores ainda não lidos e quiçá álbuns de músicos amantes da poesia.
Qual não foi minha surpresa quando, em um fim de tarde desimportante, algumas semanas depois de meu encontro com Edson, recebi um telefonema dela – no tempo em que ainda se usavam telefones fixos. “É Hilda Hilst”, disse em tom de espanto a amiga Rossana, minha hóspede naqueles dias. Ri para ela como quem ironiza o absurdo falado, com cara de: “Vai coçar macaco, para de me zoar!” Ela insistiu, reafirmando com a cabeça o que já verbalizara antes. Fui até o telefone, ainda incrédulo. Não era aceitável, àquela altura, imaginar Hilda Hilst pegando seu telefone e ligando para mim – do mesmo modo como não seria aceitável imaginar Bob Dylan, Martin Scorsese ou Sophia Loren fazendo a mesma coisa. A proporção do espanto, para mim, seria a mesma. “Alô, é o Zeca?” Sua voz fragilizada por uma recente isquemia, mas inconfundível no timbre e na inflexão, não deixava rastro de dúvida – era ela mesma. “É a Hilda Hilst.” Antes que eu me refizesse, ela emendou: “Adorei seu disco. ‘Heavy Metal do Senhor’ e ‘Bandeira’ são do c…!” Putz, ela havia ouvido meu álbum ou no mínimo as duas primeiras canções. Surtei de alegria. Mas, mal tentei esboçar um agradecimento, ela já disparou: “Quero compor com você. Literatura é f…, não dá dinheiro. Música sim, música dá. Quero ser compositora.” Sabia que aquela fala tinha algo de piada, mas algo de muito genuíno também. Para quem, como ela, dedicou a vida toda à literatura, quase como um sacerdócio, era pouco demais o que havia conquistado em termos materiais – depois eu soube, quando nos aproximamos de fato, do esforço hercúleo que ela e amigos faziam para manter a Casa do Sol e suas dezenas de vira-latas adotados.
Ali mesmo, ao telefone, ela leu um poemeto de quatro versos e pediu que eu o musicasse. Foi nossa primeira parceria, “Nave”. Depois mandou pelo secretário-escritor um disquete com toda a sua obra poética, dispersa em várias publicações, algumas por editoras bem pequenas – só anos depois a editora Globo relançaria todos os livros de Hilda –, e um sonoro aviso: “Faça o que quiser com isto.” Jesus, que responsabilidade! Lendo seu disquete, eu me encantei com várias coisas, mas especialmente com os dez amorosos poemas que descobri na “Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé: De Ariana para Dionísio”, um capítulo sobre o proibido (e platônico?) amor de Ariana por Dionísio, do livro Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão, de 1974.
Vi música ali, uma música delicada, feminina, com leve acento medieval. Levei quase três anos laborando no projeto que imaginei – fazer um álbum com os dez poemas/canções interpretados por dez cantoras em versões acústicas, de instrumentação mínima. Com a aprovação e a torcida de Hilda, que se mostrou superexcitada com a ideia depois de ouvir as composições em minha voz, fui convocando o escrete de intérpretes, verdadeira seleção brasileira: Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Maria Bethânia, Jussara Silveira, Angela Ro Ro, Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Olivia Byington, Mônica Salmaso e Angela Maria.
Infelizmente, por causa do nível de dificuldade do projeto, em razão especialmente das muitas agendas em jogo, Hilda não conseguiu ver o álbum finalizado, o que me deixou profundamente triste. Na tarde do dia 4 de fevereiro de 2004, fui até o Cemitério Parque Flamboyant, em Campinas, para dar-lhe um último beijo. Ela partira para Marduk, como costumava se referir ao local aonde iam os mortos. Mas seu desejo, ao menos parcialmente, fora realizado: ela havia se tornado uma autora de canções.
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Nota Curiosa: Tempos depois, descobri duas parcerias de Hilda com Adoniran Barbosa, gravadas pela cantora Elza Laranjeira nos anos 1960.
Zeca Baleiro é cantor e compositor. Lançou 13 álbuns, entre gravações de estúdio e ao vivo. Sobre a poesia de Hilda, compôs Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé: De Ariana para Dionísio (2006). Entre seus álbuns mais recentes estão Calma Aí, Coração: Ao Vivo (2014), O Disco do Ano (2012) e Concerto (2010).
Ronaldo Bressane: Mulheres de Hilda
“Uma sala de teatro deve ser como um templo. Todo aquele que se pergunta em profundidade é um ser religioso. Tentei fazer isso em todas as minhas peças.” Quando Hilda Hilst falava sobre seu então incipiente trabalho dramatúrgico em uma entrevista concedida em 1969, não imaginava que um de seus textos mais encenados não seria uma de suas peças mais sagradas – e, sim, uma noveleta concebida com o propósito expresso de chocar: O Caderno Rosa de Lori Lamby. Montado nos anos 1990 tendo Iara Jamra no papel da precoce ninfomaníaca, o texto ganhou diversas adaptações tanto bem-sucedidas como malditas. Hilda costuma deixar marcas nas atrizes que vestem suas obsessões.
“Nunca tinha lido nada dela”, conta a atriz, “até que uma amiga me deu O Caderno Rosa. Já havia interpretado muitas crianças, aí pensei: já que é pra eu fazer esse papel de criança sempre, por que não esta, que é mais picante?”, ri a atriz, notória por sua voz agudíssima. Iara levou aquele livro “sensível, chocante e engraçado ao mesmo tempo” ao amigo Reinaldo Moraes (autor de Pornopopeia) e pediu uma adaptação. O roteiro foi bater à Casa do Sol para pedir a aprovação da velha senhora. “Na primeira visita ela estava lúcida, forte, foi muito legal: me serviu vinho do Porto ao meio-dia. Achei o máximo! Nas outras vezes, estava debilitada, falava com espíritos, parecia saber que tinha pouco tempo de vida.” No entanto, Hilda não gostou da adaptação de Moraes: ele havia colocado frases e intervindo demais na escrita original. Ela só topou quando Iara resolveu adaptar o texto original com a direção de Bete Coelho. Daniela Thomas esboçou um cenário (apenas uma cama grande e uma parede em que Lori rabiscava) e em três dias encontraram uma arena no Sesc Santo Amaro (então chamado Sesc Mundão). No fim de 1999, Hilda assistiu à montagem e adorou: nesse dia o público ria muito. “Ela dizia”, lembra Iara: “‘Quero que deem risada. Têm que entender que é leve… é pra rir, é só fantasia, brincadeira’” Nem sempre a peça foi bem compreendida. “Os espectadores se emocionavam, se escandalizavam pelos assuntos, pelas fantasias sexuais, pela minha cara de pau”, brinca. “Mas, na maioria das vezes, a repercussão era superlegal. Meu melhor trabalho em teatro”.
Outra artista que encarou a doce e indócil Lori foi Glauce Guima – porém em um registro bem diferente. “A Lori tem 8 anos e eu tinha 19 em 2002 quando levantei o espetáculo com a diretora Ana Hadad”, lembra. Ana conduziu um processo marcante: propôs exercícios sensoriais de imagem e improvisação que a fizeram voltar ao útero da mãe, nascer de novo, passar pelas idades de 1 mês, 2 meses e assim por diante até chegar aos 8 anos. A partir daí a atriz construiu Lori com o fio condutor da encenação: a linguagem não realista dos quadrinhos. “No início dos ensaios, sentia vergonha de dizer aquilo – pelo fato de a minha educação sexual ter sido praticamente nula: estudei em colégio de freiras e em casa o sexo sempre foi tabu”, recorda ela. Mas, quando o corpo e a voz da Lori começaram a surgir, a atriz já se divertia dizendo o texto sem pudor – e também sem apelo sensual, dando destaque à inocência infantil por si. “Hoje eu e a personagem somos colegas. Dia desses antes do espetáculo, estava com uma cólica daquelas, e a Lori me falou ‘Vida de personagem não é fácil. A tia tem cólica, cabelo na coisinha, pé 35 e eu só tenho 8 anos.’”
A escolha estética do desenho animado – tanto na atuação como na trilha sonora, nos figurinos e no cenário – foi fundamental para criar um canal de comunicação acessível entre Lori e o público, que, se no início resistia às bandalheiras ditas por uma criança, depois entrava na brincadeira, mesmo ainda sem saber que nada daquilo que a personagem narrava tinha de fato acontecido – os presentes só tinham ciência dessa revelação ao final do espetáculo. Brecha fácil para confusão. “Meu pai foi à estreia – primeira e última vez no teatro – e não disse um A”, lembra Glauce. “Chocou! Não dá pra prever a reação, a não ser nos casos em que as pessoas sejam iniciadas na obra da Hilda – aí, a galhofa é garantida. Recentemente, em uma sessão no Instituto Hilda Hilst, ria-se de gargalhar – tanto dos relatos pornográficos da personagem como das passagens do pai e da mãe, em que se desmistifica a figura do escritor.” Fora desse grupo seleto, porém, a recepção é comedida. “Há uma culpa por gostar de ver aquela criança lambendo piu-piu de chocolate e sentindo ‘uma dor de barriga muito gostosa’. Moralmente não é aceito, por isso não pode ser legal, não pode ser engraçado. A plateia é pálida, ensimesmada e ri o tempo todo por dentro – só se solta no final da peça, quando enceno a história do cu do sapo Liu-Liu com fantoches”, diverte-se. O intrigante é que Glauce diz ser comum depois da peça um espectador esperá-la para confidenciar ter sido abusado sexualmente na infância. “Como numa sessão de análise, diz que a Lori acabou de curar um trauma”, revela.
Não é só em sua faceta mais chocante e iconoclasta que Hilda mexe com os atores que lhe dão voz. Suzan Damasceno interpretou Hillé no monólogo A Obscena Senhora D – com direção de Donizete Mazonas e Rosi Campos – e na primeira leitura já se pegou tomada pelo universo hilstiano. “A primeira obra que me caiu às mãos foi Fluxo-Floema, dada pelo Mazonas. Fiquei em êxtase: o que é isso? Foi avassalador. A Hilda tem uma escrita visceral, que é carne. Tudo está em Hilda, do absoluto profano irrompe o sagrado: lá está a humanidade em toda a sua complexidade, que é o que buscamos no teatro – e aqui não falo de realismo ou naturalismo ou qualquer linguagem: falo da humanidade na sua essência mais profunda, o ser no horror e na glória.”
Quando leu A Obscena Senhora D, Suzan só pensava em montar a peça. “Foi especialmente catártica essa obra: o universo de extrema solidão, dor, abandono, perda… Hillé busca incessantemente uma resposta, abandona todas as conexões com um mundo seguro em nome dessa busca – e é acima de tudo o sagrado que ela persegue.” No processo de criação, a opção pelo monólogo foi inevitável. Sua proposta foi fazer uma montagem crua, sem espetacularização. Estética semelhante foi perseguida em Osmo. “Aqui a Hilda nos dá, com humor e inteligência, a face da sordidez, do egoísmo macabro, dos efeitos do abandono no espírito que se transforma em crueldade”, analisa.
Em 2010, Maíra Gerstner fazia contação de histórias para adultos e trabalhava com o conto “Tadeu”, abertura do belo Tu Não Te Moves de Ti, livro de que o texto “Matamoros” também faz parte. Nesse período, Maíra pesquisava uma ideia de instalação textual para compor a contação. Quando viu que Hilda tinha dedicado “Matamoros” para Gisela Magalhães – arquiteta que foi assistente de Oscar Niemeyer na construção de Brasília, importante montadora de exposições –, teve a ideia de levar a peça Matamoros a galerias de arte, como se fosse um reencontro entre Hilda e Gisela. “O trabalho com Cristina Moura na direção de movimento foi fundamental para que eu criasse um corpo que desse conta daquele material. É uma experiência intensa fazer o texto da Hilda, dar vida a uma palavra que é corpo/carne/pensamento. É muita coisa: toca numa vibração ancestral, mítica, pura e profana. É gozo e é súplica”, diz. Maíra lembra que a dificuldade da adaptação se relaciona ao fato de que no teatro de Hilda Hilst os personagens não são “dramáticos”. “São seres que habitam outro mundo”, explica. “Por exemplo, para fazer a Simeona, que é a bruxa da aldeia, filmei minhas avós fazendo o texto – porque elas são ambas meio magas, fazem simpatias.” A dificuldade de tratar do universo hilstiano, comum a todas as atrizes ouvidas, ganha de Maíra uma definição curiosa. “Não sei explicar sem soar piegas, mas acho que Hilda Hilst é um ‘portal’. Matamoros é a Hilda e sou eu também: é um buraco fundo mesmo”, reflete.
Imagine então o osso duro de roer que seria protagonizar dramaticamente a própria Hilda Hilst. A aventura está sendo tocada por Tainá Müller, que pretende levar a biografia ao cinema interpretando a escritora – o projeto ainda está na fase de captação de recursos e desenvolvimento de roteiro. “Temos o desafio de levantar uma biografia da Hilda sem nenhuma publicação como base; um trabalho difícil de recortar uma vida interessante do início ao fim”, afirma. Tendo a produtora Biônica Filmes à frente, o filme terá Walter Carvalho na direção. “Interpretar a Hilda é uma ideia que me acompanha desde os 18 anos”, conta Tainá. “Mas meu trabalho de construção ainda está embrionário. Entrevistei familiares e pessoas íntimas de Hilda, li seus diários e tudo que podia de sua obra. Quando chegar o momento de construir a personagem, será uma questão de ajuste fino, de corpo – a essência já vai estar comigo. Ou assim espero”, conclui. Dependendo do trabalho de Tainá, tal como em montagens anteriores, a biografia poderá ganhar uma das expressões recorrentes de Hilda Hilst – apropriada como título do livro de onde foi tirada a primeira citação deste artigo: Fico Besta quando Me Entendem.
Ronaldo Bressane é escritor e jornalista, autor de livros como o romance Mnemomáquina (Demônio Negro, 2014) e a obra infantojuvenil Sandiliche (Cosac Naify, 2014).
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Lorinha
Iara Jamra é atriz. No teatro, encenou O Caderno Rosa de Lori Lamby, com base no livro homônimo de Hilda, com direção de Bete Coelho. Na televisão e no cinema, participou de diversas produções, como os programas Zorra Total e Sai de Baixo, da Rede Globo, e Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, além de novelas e filmes.
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A Obscena Senhora D, por Suzan Damasceno
Suzan Damasceno é atriz e diretora de teatro. Realiza, com direção de Donizeti Mazonas e Rosi Campos, o monólogo A Obscena Senhora D (2013), adaptação do texto de Hilda. Veja também: na publicação impressa desta Ocupação, Suzan conta como foi a experiência de dar vida ao universo hilstiano.
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Osmo, por Donizeti Mazonas
Donizeti Mazonas é ator e diretor de teatro. Com direção de Suzan Damasceno e em companhia de Erica Knapp, atua em Osmo (2014), peça baseada em textos de Hilda. Veja também: na publicação impressa desta Ocupação, Donizeti conta como foi a experiência de encarnar um personagem hilstiano.
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Leituras de Hilda (1)
Laerte é cartunista e quadrinista. Trabalha nessas áreas desde a década de 1970. Participou de projetos significativos dos quadrinhos nacionais: a revista Balão, com Luiz Gê; e a Circo Editorial, com Toninho Mendes, Glauco e Angeli. Sua obra vai desde a criação de personagens marcantes até a experimentação formal, com uma visão crítica e política. Foi homenageado pela Ocupação em 2014.
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Leituras de Hilda (2)
Laerte é cartunista e quadrinista. Trabalha nessas áreas desde a década de 1970. Participou de projetos significativos dos quadrinhos nacionais: a revista Balão, com Luiz Gê; e a Circo Editorial, com Toninho Mendes, Glauco e Angeli. Sua obra vai desde a criação de personagens marcantes até a experimentação formal, com uma visão crítica e política. Foi homenageado pela Ocupação em 2014.
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Leituras de Hilda (3)
Marçal Aquino é poeta, contista, romancista e jornalista. Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios (2005), seu livro mais recente, foi adaptado para o cinema por Beto Brandt e Renato Ciasca em 2012. O Amor e Outros Objetos Pontiagudos: Contos (1999) recebeu o prêmio Jabuti de 2000.
Andréa Del Fuego é contista, romancista e cronista. Publicou Os Malaquias (2010, prêmio José Saramago de 2011), Minto Enquanto Posso (2004) e Engano Seu (2007), entre outros.
Paulo Sacramento dirige a produtora Olhos de Cão – cujo nome se inspira em Com os Meus Olhos de Cão e Outras Novelas (1986), livro de Hilda – e é diretor, montador e produtor. Fez o documentário O Prisioneiro da Grade de Ferro (2003) e o drama Riocorrente (2013).
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Leituras de Hilda (4)
Marçal Aquino é poeta, contista, romancista e jornalista. Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios (2005), seu livro mais recente, foi adaptado para o cinema por Beto Brandt e Renato Ciasca em 2012. O Amor e Outros Objetos Pontiagudos: Contos (1999) recebeu o prêmio Jabuti de 2000.
Andréa Del Fuego é contista, romancista e cronista. Publicou Os Malaquias (2010, prêmio José Saramago de 2011), Minto Enquanto Posso (2004) e Engano Seu (2007), entre outros.
Paulo Sacramento dirige a produtora Olhos de Cão – cujo nome se inspira em Com os Meus Olhos de Cão e Outras Novelas (1986), livro de Hilda – e é diretor, montador e produtor. Fez o documentário O Prisioneiro da Grade de Ferro (2003) e o drama Riocorrente (2013).
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Leituras de Hilda (5)
Iara Jamra é atriz. No teatro, encenou O Caderno Rosa de Lori Lamby, com base no livro homônimo de Hilda, com direção de Bete Coelho. Na televisão e no cinema, participou de diversas produções, como os programas Zorra Total e Sai de Baixo, da Rede Globo, e Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, além de novelas e filmes.