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Obras
Projetos, imagens e características de algumas de suas obras mais icônicas
Projetos, imagens e características de algumas de suas obras mais icônicas
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O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) José Lira comenta as inovações propostas por Gregori Warchavchik em seus projetos e sua contribuição na escrita de manifestos em defesa da arquitetura moderna.
A Casa da Rua Santa Cruz é considerada a primeira obra de arquitetura moderna no Brasil. O projeto da residência foi feito em 1927, e ela terminou de ser construída em 1928. Pensada no mesmo ano em que Gregori Warchavchik se casou com a cantora lírica e paisagista Mina Klabin, foi a morada da família. A construção se localiza em parte de um terreno de 13 mil metros quadrados que a família Klabin possuía na Vila Mariana. Para seguir os critérios arquitetônicos modernistas, Warchavchik teve de driblar restrições da gestão municipal, que seguia princípios estéticos conservadores. No projeto, o arquiteto indicou a exigida colocação de ornamentos – mas não a realizou, alegando, depois, falta de recursos. O paisagismo da casa, assim como em outros projetos de Warchavchik, foi pensado por Mina Klabin, que, contra os padrões daquela época, fez uso de plantas típicas brasileiras
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José Lira, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), fala do contexto histórico em que a casa da Rua Santa Cruz foi construída, ressaltando o estilo proposto por Gregori Warchavchik. Além disso, Mauris Warchavchik – filho do homenageado – faz um relato de memória em uma visita a essa casa modernista, onde morou com os pais, Gregori Warchavchik e Mina Klabin. O depoimento agrega as lembranças de Carlos Warchavchik sobre o avô.
Dificuldades da indústria, do mercado de matérias-primas e de mão de obra de brasileiros fizeram com que a casa da Rua Santa Cruz não cumprisse tão bem os preceitos modernistas. Para o projeto da Rua Itápolis, concluído em 1930, Gregori Warchavchik montou oficinas próprias para produzir componentes como janelas, portas e móveis, além de orientar pessoalmente seus trabalhadores. O resultado da casa da Rua Itápolis é mais moderno, pela racionalidade da planta, pelo uso dos espaços e pela disposição dos volumes.
Exibida ao público de 24 de março a 20 de abril de 1930, a casa foi a primeira Exposição de uma Casa Modernista – a segunda seria organizada no Rio de Janeiro, em 1931, no projeto da Rua Toneleros. A mostra, a maior reunião de artistas e intelectuais ligados ao modernismo brasileiro desde a Semana de 1922, expôs obras de pintores como Anita Malfatti, Lasar Segall e Tarsila do Amaral e recebeu 20 mil visitantes.
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