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O legado de um mestre

A genialidade de Naná Vasconcelos transcendeu os limites geográficos e musicais. Ele deixou sua marca no mundo e suas criações ainda ecoam a riqueza cultural do Brasil por todo canto. Em seu álbum de estreia, “Africadeus”(1971), o artista elevou o berimbau a novos patamares, dando ao objeto – que tinha uma corda de piano em vez da convencional – um protagonismo global. O instrumento foi sua voz, sua alma. Naná mostrou, ao longo de sua trajetória, que a percussão sempre foi muito mais do que ritmo: é identidade, expressão, uma linguagem universal. 

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A esposa de Naná, Patricia Vasconcelos, o maestro Gil Jardim, a percussionista Aishá Lourenço, o gestor cultural André Brasileiro e a multiartista Paz Brandão falam sobre o legado musical e artístico que Naná Vasconcelos deixou para a história da cultura brasileira e mundial – do Carnaval do Recife à nova cena da música contemporânea.

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"O mais bonito é ver que, mesmo com a partida dele, todas as sementes que ele plantou floresceram"

André Brasileiro

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O berimbau virou protagonista nas mãos de Naná Vasconcelos

O berimbau virou protagonista nas mãos de Naná Vasconcelos | Foto: Hans-von-Manteuffel

 

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"Eu percebi que o meu pai era um artista gigantesco no meu dia a dia. Eu acordava e ele já estava tocando na piscina, conversando com os passarinhos. Toda oportunidade que ele tinha de criar, de fazer música, de fazer arte, ele fazia"

Luz Morena Vasconcelos

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Refúgio

O legado de Naná foi além dos acordes. Apesar das demandas de uma carreira globalmente reconhecida, era em casa que o músico encontrava equilíbrio e inspiração. Com a família, seu bem mais precioso e centro de tudo, estava o seu refúgio. Desde a base sólida de amor e musicalidade herdada dos pais até chegar à esposa e filhas, Naná tinha, junto dos seus, o norte e o amor precioso que ultrapassou tempo e espaço, que segue vivo. O percussionista era a junção de tudo que amava: dos acordes do berimbau, dos sons que criava, da família, do carnaval nas ruas de Recife, da fé. O mundo que existia dentro dele hoje reverbera. É para sempre.

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A esposa de Naná, Patricia Vasconcelos, e sua filha, Luz Morena Vasconcelos, falam da dimensão pessoal do artista: sua relação com a música fora dos palcos, seus rituais cotidianos e sua personalidade.

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"E o amor existe, é só ter calma, tudo vem / Vou prosseguir, vou sempre assim / Que eu sou do bem"

Trecho da música "Eu sou do bem", de Naná Vasconcelos

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