A vida é uma dança
[...] a vida não tem utilidade nenhuma. A vida é tão maravilhosa que a nossa mente tenta dar uma utilidade a ela, mas isso é uma besteira. A vida é fruição, é uma dança, só que é uma dança cósmica, e a gente quer reduzi-la a uma coreografia ridícula e utilitária. Uma biografia: alguém nasceu, fez isso, fez aquilo, cresceu, fundou uma cidade, inventou o fordismo, fez a revolução, fez um foguete, foi para o espaço; tudo isso é uma historinha ridícula.
Ailton Krenak, em A vida não é útil, p. 57
Dança
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Ailton Krenak
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Foto feita em Cabo Frio, em 1978 | imagem: Angela Papiani
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Ailton Krenak trabalhando em projetos de produção gráfica na sala da casa em que morava, em São Paulo. Registros de 1980 | imagem: Angela Papiani
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Ailton Krenak em São Francisco, Estados Unidos, acompanhando a agenda de atividades para defesa dos direitos indígenas durante a turnê do álbum TXAI, de Milton Nascimento, realizado com a colaboração do Núcleo de Cultura Indígena, em 1990 | imagem: Angela Papiani
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A Embaixada dos Povos da Floresta foi uma iniciativa do Núcleo de Cultura Indígena para aproximar o público urbano de São Paulo do pensamento e da cultura dos povos tradicionais da floresta. Instalada na Casa do Sertanista, imóvel tombado localizado no no bairro Caxingui, zona oeste da capital, funcionou com o apoio da Prefeitura durante o mandato de Luísa Erundina, que teve Marilena Chauí como secretária de Cultura e Paulo Freire à frente da Secretaria de Educação. A gestão da Embaixada ficou a cargo do Núcleo de Cultura Indígena, vinculado à União das Nações Indígenas, sob a coordenação de Ailton Krenak. Na foto, Ailton aparece no quintal da Embaixada | imagem: Angela Papiani
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Ailton
De que modo abordar a trajetória – a vida, a obra – de alguém que nega a apresentação comum das biografias, como mostra a citação acima? Poderíamos cometer o utilitarismo de descrever os feitos, um depois do outro, e ressaltar sua importância, e meio que argumentar: Ailton Krenak importa, porque fez isso e aquilo. Mas Ailton nos provoca a um outro olhar: mais do que enfocar um indivíduo, pensar as interações em que se colocou, os acontecimento nos quais se engajou, os momentos em que mundo e pessoa se encontraram, e algo foi criado. Neste seção, e neste site como um todo, portanto, por meio do homenageado acessamos vivências de povos e territórios, além de histórias, ideias e sonhos, por meio do indivíduo Ailton, uma dança cósmica.
Krenak
Seção de vídeo
Um olhar sobre a humanidade
A sensibilidade, a articulação, a amplitude de perspectivas de Ailton Krenak são destacadas pelos entrevistados deste vídeo. As educadoras Severiá Idioriê e Cristine Takuá, o curador Paulo Herkenhoff, o cineasta Carlos Papá e as escritoras Rita Carelli e Eliane Potiguara apresentam um perfil do escritor, artista visual e filósofo, demonstrando o seu impacto na sua própria trajetória e a particularidade do seu pensamento.
Território
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Ensaio fotográfico sobre o território em que mora Ailton Krenak, em Resplendor (MG)
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Ensaio fotográfico sobre o território em que mora Ailton Krenak, em Resplendor (MG)
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Ensaio fotográfico sobre o território em que mora Ailton Krenak, em Resplendor (MG)
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Ensaio fotográfico sobre o território em que mora Ailton Krenak, em Resplendor (MG)
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Ensaio fotográfico sobre o território em que mora Ailton Krenak, em Resplendor (MG)
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Ensaio fotográfico sobre o território em que mora Ailton Krenak, em Resplendor (MG)
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Seção de vídeo
A atualidade de Ailton
A atuação de Ailton Krenak como liderança indígena e escritor atravessa as problemáticas da educação, da política, das artes e da ecologia. Neste vídeo, depoimentos da educadoras Cristine Takuá e Severiá Idioriê, do gestor ambiental Paulo Cipassé Xavanté e da jornalista Angela Papiani iluminam momentos dessa trajetória, em sua relação com problemática ainda atuais. Também no vídeo, Ailton contribui com a denúncia de um modo de vida que pode esgotar o planeta.