Biografia
ARNALDO ANGELI FILHO nasceu no dia 31 de agosto de 1956, no bairro da Casa Verde, em São Paulo. O cartunista e chargista é filho de pai funileiro, de família toscana, e mãe dona de casa, de família siciliana. Cresceu cercado por italianos, dos quietos e dos barulhentos.
Conscientemente um mau aluno, parou de estudar depois de fazer quatro vezes o primeiro ano do ensino fundamental, aos 14 anos. Mas foi também com essa idade que publicou seu primeiro desenho na revista Senhor. “Desde muito cedo, eu tinha certeza de que queria ser um desenhista, mas não sabia do quê, o que fazer com o desenho. Então, em 1968 surgiu O Pasquim. Um amigo meu comprou uma das primeiras edições. Quando ele a abriu e folheou, eu fiquei encantado”, comenta Angeli.
Além de O Pasquim, o cartunista conta ter sido influenciado pelas revistas O Grilo, que publicava Robert Crumb e Georges Wolinski, O Cruzeiro e Pif Paf, que traziam trabalhos de Millôr Fernandes. Grandes chargistas como Jaguar, Fortuna e Ziraldo também foram referências para Angeli.
Em 1973, foi convidado a desenhar para o jornal Folha de S. Paulo, no qual, além de charges políticas, criou para a seção de quadrinhos a tira diária Chiclete com Banana – título que lançou personagens como Rê Bordosa, Bob Cuspe, Wood & Stock e Os Skrotinhos e que, em 1985, se transformou numa revista de quadrinhos independente, CHICLETE COM BANANA, publicada pela editora Circo, com inquestionável influência no mercado editorial.
Para comemorar o segundo ano da revista, Laerte, Glauco e Angeli criaram a série Los Três Amigos. Ao relembrar o grupo, Angeli diz: “A gente colocava no Los Três Amigos nossa personalidade”. Foi um dos grandes sucessos da revista.
Angeli é autor de vários livros e participante de alguns festivais de comics na Europa. Teve seus trabalhos publicados nas revistas Linus, de Milão; El Vibora, de Barcelona; e Humor, de Buenos Aires, e no jornal Diário de Notícias, de Lisboa.
Atualmente, trabalha para a Folha de S.Paulo e para o UOL, desenvolvendo quadrinhos animados para a internet e para o Cartoon Network. Foi um dos cem artistas mundiais homenageados pelo Google para ter alguns de seus trabalhos expostos nas suas interfaces para a internet.
Angeli quando criança (1)
Seção de vídeo
Infância e influências
O cartunista conta sobre como foi ter crescido no bairro da Casa Verde e quais foram suas aspirações e influências
Angeli quando criança (2)
Angeli quando criança (3)
Angeli quando criança (4)
Seção de vídeo
Profissionais e amigos traçam perfil do cartunista
Angeli por Matinas Suzuki, Toninho Mendes, Laerte Coutinho, Glauco Mattoso e Carolina Guaycuru
Autocaricatura (1)
O Pasquim e a glória
“Foi no Pasquim que eu comecei a entender melhor como era a confecção de um cartum.
Depois de enviar muitos desenhos, fui publicado na seção de cartas e cheguei a ter uma página inteira com os meus trabalhos. Aquilo foi a glória pra mim!”
Angeli
Angeli quando jovem (1)
Angeli quando jovem (2)
Autocaricatura (2)
Angeli quando jovem (3)
Angeli quando jovem (4)
Autocaricatura (3)
Fora das redações
“A redação me ensinou. Aprendi tanta coisa que achei que era hora de ficar SOZINHO.”
Angeli conta que não é pautado e que desde 1982 não trabalha em redação.
“Lá, eu trabalhava com uma rapidez que eu não gosto de ter. Gosto de apurar o desenho, sou meticuloso. Refaço desenhos, rasgo projetos para começar novamente e eu só poderia ser assim dentro da minha própria casa.”
Angeli
Angeli quando jovem (5)
Seção de vídeo
Caminhos que se cruzam
Laerte conta como conheceu Angeli e de que maneira, desde então, eles começaram a parceria e a amizade
Angeli quando jovem (6)
Autocaricatura (4)
Seção de vídeo
Para toda a vida
Toninho Mendes relembra a infância e destaca a amizade com Angeli