Paulo em 1996 | foto: Rodney Suguita/Folhapress
A história de um construtor
A trajetória profissional de Paulo Herkenhoff é tão vasta e múltipla que a compreensão de todas as ramificações de seu trabalho não é tarefa simples. De sua primeira exposição, realizada ainda na infância, em uma escola em Cachoeiro de Itapemerim (ES), até a homenagem da Ocupação Itaú Cultural – que Paulo fez questão de se envolver e botar a mão na massa –, nosso homenageado já trabalhou com direito, foi professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, consultor da Coleção Cisneros (Caracas, Venezuela) e da 9ª Documenta de Kassel (Alemanha), curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) e passou pela Fundação Eva Klabin Rapaport, pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), pelo Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro (MNBA), pelo Museu de Arte do Rio (MAR), entre outras.
“O museu é um sistema de responsabilidade entre gerações.”
Paulo Herkenhoff em palestra para alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), em 2014
Seção de vídeo
Neste depoimento, Paulo Herkenhoff resgata destaques de sua trajetória, desde seus primeiros contatos com a arte, seus estudos na infância e juventude, sua carreira como artista, sua experiência profissional no Direito e como professor da Pontifícia Universidade Católico do Rio de Janeiro. Além disso, nosso homenageado nos conta como começou a trabalhar com cultura, curadoria, crítica de arte e gestão.
Linha do tempo
Nascimento de Paulo Herkenhoff no dia 8 de janeiro, em Cachoeiro de Itapemirim (ES)
Paulo frequenta o ateliê do pintor Ivan Serpa (1923-1973)
Realização de sua primeira exposição individual, na Central de Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro, apresentando “documentação de acontecimentos” e “(re)diagramações”
Paulo Herkenhoff participa da X Bienal de Paris, com seleção do crítico uruguaio Angel Kalenberg
Realização da exposição intitulada Geometria anárquica, a má vontade construtiva e mais nada, de Paulo Herkenhoff, no Espaço Arte Brasileira Contemporânea – ABC/Funarte, no Rio de Janeiro
Atua como diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas (Inap), ligado à Fundação Nacional de Artes (Funarte)
Atua como curador-chefe no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio)
Paulo é presidente do I Encontro Nacional de Artistas Plásticos Profissionais
Paulo Herkenhoff torna-se curador do projeto Arte Pará
Participação na IX Documenta de Kassel, na Alemanha, como consultor
Com Uiara Bartira, Ivo Mesquita e Nilza Procopiak, Paulo Herkenhoff integra a curadoria da X Mostra da Gravura de Curitiba
Curador da Casa Museu Eva Klabin do Rio de Janeiro
Curador do pavilhão brasileiro na 47ª Bienal de Veneza, na Itália
Atua como curador da 24ª edição da Bienal de São Paulo, intitulada Um e/entre Outro/s e conhecida como “Bienal da antropofagia”
É curador adjunto do Departamento de Pintura e Escultura do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA)
É diretor do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro
Ganha o Prêmio Velázquez de Artes Plásticas, concedido pelo Ministério de Cultura da Espanha
Atua como o primeiro diretor cultural do Museu de Arte do Rio (MAR)
Ganha a Ordem do Mérito Cultural (Grã-Cruz), concedida pelo Ministério da Cultura (MinC)
É titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP)
Paulo exerce o cargo de curador da FGV Arte, no Rio de Janeiro
Paulo Herkenhoff assina, com João Victor Guimarães, a curadoria da exposição Afro-brasilidade, homenagem a dois Valentins e a um Emanoel, na FGV Arte, no Rio de Janeiro
Seção de vídeo
Paulo Herkenhoff na cerimônia de posse da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA USP), ocorrida em 2019. O crítico de arte dividiu essa liderança com a bioquímica Helena Nader | foto: Clara Gomes Borges/Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA USP)