Um aspecto central da atuação de Paulo Herkenhoff é sua intensa produção editorial sobre arte brasileira e latino-americana. Esse conjunto inclui catálogos de exposições, livros, ensaios, dossiês temáticos, anais acadêmicos e publicações especializadas. Sua obra escrita evidencia não apenas sua dedicação à pesquisa e à crítica de arte, mas também seu compromisso político com a investigação, a documentação e a difusão de criações de grupos sociais que, ao longo da história, foram deixados de fora dos registros oficiais. As publicações revelam, ainda, o caráter visual de seu pensamento, refletido em uma atuação direta na editoração e na concepção gráfica desses materiais, nos quais estabelece, por exemplo, relações entre volumes de texto e imagem – estendendo, assim, a prática curatorial ao campo impresso.
Fazer em conjunto
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Neste vídeo, Paulo Herkenhoff fala sobre sua relação com artistas, o começo de seu trabalho como crítico de arte e a importância das publicações para as exposições. O vídeo também apresenta depoimentos de parceiros de trabalho do nosso homenageado, como Ricardo Ohtake, Luiz Chrysostomo e Anna Maria Maiolino enaltecendo a importância de Paulo para a História da Arte brasileira.
Paulo Herkenhoff e o Itaú Cultural
A parceria entre Paulo Herkenhoff e o Itaú Cultural é duradoura – são mais de 20 anos de colaboração – e frutífera: Paulo foi curador das exposições Investigações: o trabalho do artista (2000), Trajetória da Luz na Arte Brasileira (2001), Caos e Efeito (2011), Modos de Ver o Brasil: 30 anos do Itaú Cultural (2017) e Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu (2020).
Também foi, em 2019, responsável pela Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência – parceria entre o Fundação Itaú e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), ao lado da bioquímica Helena Nader.
Reunimos abaixo alguns conteúdos produzidos nestas décadas de parceria e que nos ajudam a conhecer mais o processo de pesquisa, curadoria e gestão de Paulo Herkenhoff.
Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu
Em 2020, algumas semanas antes da OMS decretar a pandemia de Covid-19 e lidarmos com os impactos do isolamento social, O ITaú Cultural estreou a exposição Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu, com curadoria de Paulo Herkenhoff, apresentando um olhar panorâmico dos 30 anos de trabalho da artista, que perpassando por seu processo criativo, desenhos, pinturas, objetos, fotografias, projetos, documentos e vídeos. Com o fechamento da sede do Itaú Cultural por conta da segurança de seus visitantes durante a pandemia, a exposição se estendeu até novembro de 2020, permitindo a vistação através de agendamentos e com protocolos de segurança.
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Paulo Herkenhoff, curador da exposição Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu, comenta a obra da artista e como se deu o diálogo para conceber a narrativa apresentada no espaço expositivo. Ele conta que desde o início a ideia não era mostrar uma retrospectiva dos 30 anos de carreira de Sandra, mas, sim, trabalhar as transversalidades que atravessam sua criação.
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Com o fechamento temporário do Itaú Cultural (IC) e a impossibilidade de visita às exposições em cartaz, o IC apresenta um passeio pelos três pisos da exposição Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu. O visitante pode escolher para qual eixo da mostra pretende olhar enquanto a artista comenta o processo de construção e a seleção da curadoria, que faz uma panorâmica de seus 30 anos de produção. Sandra fala ainda sobre a importância da educação em sua obra e descreve o espaço como um ambiente amoroso. Comenta o destaque do desenho em sua criação e a utilização de diferentes suportes como extensão de um mesmo pensamento. Por fim, reflete sobre o quão nadar contra a corrente é propor um trabalho que demande tempo – e questiona o que nós fazemos hoje com o que temos de mais precioso: o tempo.
Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
Em 2017, o Itaú Cultural completou 30 anos de atividade com uma exposição comemorativa que reuniu mais de 800 obras do acervo de arte do Itaú Unibanco. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, que agregou ao projeto Thais Rivitti e Leno Veras, a mostra ocupou quatro andares da Oca, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, com uma expografia onde as obras seguiam a ideia de constelação: pela proximidade, diálogos entre artistas, temas e momentos históricos, sem que houvesse um percurso único
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Curador da exposição Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos, Paulo Herkenhoff fala sobre o processo de seu trabalho e a relação fundamental estabelecida entre obra e espaço. Ele conta como foi definido o cruzamento de informações entre a contextualização das obras na história do instituto e a narrativa individual de cada peça.
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Confira o making of da exposição Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos, uma constelação de histórias, identidades e estéticas ocupa os quatro andares da Oca, no Parque Ibirapuera, em São Paulo/SP. A exposição comemora as três décadas de atividade do instituto com um mergulho em cerca de 800 obras do acervo de arte do Itaú Unibanco.
Trajetória da Luz na Arte Brasileira
Entre março e maio de 2001, o Itaú Cultural apresentou a exposição Trajetória da Luz na Arte Brasileira. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, a mostra traçou um amplo panorama da utilização da luz como recurso artístico em obras de 133 artistas concebidas entre os séculos XIX e XXI.
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Visita realizada pelo curador Paulo Herkenhoff à exposição Trajetória da Luz na Arte Brasileira, apresentada pelo Itaú Cultural de maio a setembro de 2001
Caos e Efeito
Na segunda década do século XXI, mais especificamente em 2012, o Itaú Cultural inaugurou a exposição Caos e Efeito, que explorou temáticas que abordadas naquela década. Curada por Paulo Herkenhoff, a mostra lançou um olhar abrangente sobre a produção nacional no campo das artes visuais trazendo à tona temas imersos em questões – e inquietações – que ainda se mostram atuais.
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