Ator nas horas vagas
Person alimentava o sonho de ser ator desde a infância. Em 1951, aos 15 anos, entrou no curso de interpretação cinematográfica no Centro de Estudos Cinematográficos de São Paulo. Foi selecionado para a montagem da peça O Massacre, de Manuel Robins, que seria encenada no Rio de Janeiro.
Ali ele conheceu a primeira decepção da carreira, quando os pais, Luiz e Izaura, não permitiram que ele abandonasse o curso no Colégio São Bento para integrar o elenco da peça em outra cidade. “Isso foi bom num certo lado, o teatro saiu ganhando, eu depois fiz algumas outras experiências como ator. Trabalhei como ator profissional de teatro, trabalhei como ator de televisão, contracenei com uma grande amiga, Cacilda Becker, com Maria Fernanda, mas realmente também a televisão saiu ganhando, porque eu era um péssimo ator”, contou Person em entrevista ao programa Luzes, Câmera, da TV Cultura, em 27 de dezembro de 1975.
Ao longo da vida, mesmo se afirmando cada vez mais como diretor e roteirista, Person ainda fez alguns trabalhos em longas de amigos, como Um Marido Barra Limpa (1957-1967), de Renato Grecchi (filme do qual também começou como diretor, abandonando o cargo depois); Casei-me com um Xavante (1957), de Alfredo Palácios; O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1968), de José Mojica Marins; e Anuska, Manequim e Mulher (1968), de Francisco Ramalho Jr.
*todos os depoimentos de Luiz Sergio Person foram retirados da transcrição contida no livro Person por Person, com organização de Amir Labaki.
Ator de cinema
Ator de cinema [2]
O Fabricante de Bonecas
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Francisco Ramalho (1940) estreou como diretor de longa-metragem com Anuska, Manequim e Mulher (1968), filme no qual Luiz Sergio Person trabalhou como ator. Desde o final dos anos 1970 atua como produtor de cinema.