Linha do tempo
Uma vida breve e intensa. Luiz Sergio Person morreu a um mês de completar 40 anos de idade, deixando uma obra relativamente pequena, mas muito marcante, em todas as áreas em que atuou: cinema, teatro e publicidade. Começou a alimentar o sonho de ser ator ainda adolescente, mas acabou estudando direito por pressão da família. Fez pontas como ator depois, mas deixou seu nome na história do cinema e teatro brasileiros como diretor. Conheça, abaixo, os fatos mais marcantes da sua vida e carreira.
‒ 12 de fevereiro de 1936: Luiz Sergio Person nasce em São Paulo, filho de Luiz Person e Izaura Miranda Person.
‒ 1951: Entra no curso de interpretação cinematográfica no Centro de Estudos Cinematográficos de São Paulo. Participa de uma seleção de atores para a peça O Massacre, de Manuel Robins, que seria montada no Rio de Janeiro, ficando entre os cinco finalistas. Não integra o elenco porque os pais o proíbem de abandonar o curso no Colégio São Bento para ser ator em outra cidade.
‒ 1954: Aos 18 anos entra na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da USP. Cursa até o último ano, mas não se forma.
‒ 1956: Acompanhado de Antunes Filho, Flávio Rangel e Claudio Petraglia, entre outros, encena peças de teatro amador na casa de alguns amigos. Praticamente sozinho, organiza e edita a revista Sequência, sobre cinema e teatro. Ironicamente, a revista não passa do primeiro número.
‒ 1957: Trabalha na TV Tupi como ator. Em parceria com Alfredo Palácios (também diretor), escreve o roteiro do filme Casei-me com um Xavante, no qual também aparece como ator.
‒ 1959: Afasta-se do cinema, indo trabalhar na empresa Person-Bouquet S/A, de propriedade da sua família.
‒ 1961: Vai para Roma (Itália) estudar no Centro Sperimentale di Cinematografia (CSC), onde fica por dois anos. Lá realiza o curta-metragem Al Ladro (1962).
‒ 1963: Ainda em Roma, escreve a primeira versão do roteiro de São Paulo Sociedade Anônima, que inicialmente recebeu o título de Agonia.
‒ 1964: De volta ao Brasil, filma São Paulo Sociedade Anônima, produzido por Renato Magalhães Gouvêa, por meio de um inovador sistema de cotas de patrocínio.
‒ 1965: É lançado São Paulo Sociedade Anônima. Entre as premiações, o filme leva o Prêmio de Público no Festival Internacional do Cinema Novo, em Pesaro, na Itália.
‒ 1966: No meio da criação do roteiro de O Caso dos Irmãos Naves (baseado em caso verídico de erro judicial em Minas Gerais, nos anos 1930), escrito em parceria com Jean-Claude Bernardet, surge a ideia de fazer um filme sobre a Jovem Guarda. SSS contra a Jovem Guarda tem roteiro assinado por Person, Jean-Claude Bernardet e Jô Soares, mas não chega a ser realizado.
‒ 1967: Começa a filmar O Caso dos Irmãos Naves, que é lançado no mesmo ano. Com Jean-Claude Bernardet, começa a trabalhar no roteiro de A Hora dos Ruminantes, baseado no livro de José J. Veiga, mas o filme também nunca chega a ser concluído. É lançado Marido Barra Limpa, antes batizado de Um Marido para Três Mulheres, que começou a ser filmado em 1957, tendo Person como ator e diretor. A direção acaba assinada por Renato Grecchi, que conclui o longa estrelado por Ronald Golias.
‒ 1968: Escreve o roteiro de Panca de Valente e filma o longa no mesmo ano. Casa-se com a cineasta Regina Jehá, graduada na primeira turma de cinema da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Participa como ator do filme Anuska, Manequim e Mulher, de Francisco Ramalho Jr., e em O Estranho Mundo de Zé do Caixão (no episódio “O Fabricante de Bonecas”), de José Mojica Marins. Com Mojica e Ozualdo Candeias realiza o filme Trilogia de Terror, assumindo a direção do episódio “Procissão dos Mortos”.
‒ 15 de fevereiro de 1969: Nasce Marina Izaura, sua primeira filha. Passa a se dedicar à publicidade, dirigindo centenas de comerciais para televisão, até 1971.
‒ 7 de dezembro de 1971: Nasce Domingas, sua filha caçula.
‒ 1972: Com o sucesso que O Caso dos Irmãos Naves fez nos Estados Unidos, Person viaja para lá com o objetivo de captar recursos para realizar seu sonhado A Hora dos Ruminantes.
‒ 1973: Dirige a comédia Cassy Jones: o Magnífico Sedutor, estrelada por Paulo José. Ganha, no Festival de Gramado (RS), o Kikito de Melhor Diretor. O filme também é eleito o melhor do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Funda o Auditório Augusta, dedicando-se a dirigir e produzir espetáculos teatrais até o fim da vida. O espetáculo de estreia, El Grande de Coca-Cola, é sucesso de público.
‒ 1974: Entre Quatro Paredes e Orquestra de Senhoritas são encenadas no Auditório Augusta.
‒ 1975: Começa a escrever a peça Pegando Fogo, com Ricardo Kotscho, nunca encenada.
‒ 7 de janeiro de 1976: Person morre no Hospital das Clínicas, em São Paulo, em decorrência do acidente de carro sofrido a caminho de seu sítio, em Itapecerica da Serra (SP). No Auditório Augusta está em cartaz a peça Lição de Anatomia, que estreou em 1975.
Infância
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Person bebê com o pai, Luiz | Acervo da família Person
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Person durante a infância (sem data) | Acervo da família Person
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Person, ainda criança, posa com os pais, Luiz Person e Izaura Miranda Person, durante uma viagem a Poços de Caldas (MG) | Acervo da família Person
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Person com 13 anos | Acervo da família Person
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Mãe
Julho de 1948 (frente)
Julho de 1948 (verso)
Os pais
Praieiro
Sob o sol
Sob o sol [2]
Sob o sol [3]
1961
Retratos
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Acervo da família Person
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Acervo da família Person
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Acervo da família Person
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Acervo da família Person
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Person, aos 22 anos, em foto de 1958 | Acervo da família Person
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Acervo da família Person
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Acervo da família Person
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Sobreposição de imagens do rosto de Person | Acervo da família Person
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